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Há dois meses nossa equipe foi convidada para visitar uma “gruta” na região do Estreito, distrito de Pedregulho-SP. O convite veio do nosso parceiro Leandro Valadão, da agência Turismo Pedregulho. Quando nos ligou disse que gostaria de nos levar em uma “gruta” com pinturas rupestres. Ficamos ansiosos em conhecer e, comprovar quão rica de patrimônios é nossa região.

Fomos para a primeira prospecção, uma caminhada de pelo menos vinte minutos e chegamos na “gruta” que é na verdade, com chamamos, um abrigo. Diante daqueles desenhos foi que constatamos que poderíamos estar diante de uma descoberta extraordinária para a região e, até mesmo para a história de arte rupestre de São Paulo. O proprietário do sítio percebeu que nosso interesse é profissional. Entramos em contato com o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e protocolamos o achado e, também, decidimos fazer uma assessoria de imprensa e, assim, de certa forma, outros sitiantes pudessem ver e entrar em contato conosco, uma vez que a prospecção mata a dentro é lenta e trabalhosa.

E assim, com ajuda da imprensa, que mais sítios arqueológico começaram ser noticiados e, há menos de um mês encontramos inscrições rupestres em um outro abrigo, desta vez, cerca de 10 km do centro de Rifaina. Fizemos a primeira prospecção e enviamos as fotos para a Arqueologa do IPHAN Dra Júlia Almeida Berro e, também, em parceria com o Jornalista João Carlos Borda, noticiamos o achado e, por incrível que pareça, já estamos com mais dois locais a serem visitados por existir possibilidades concretas de encontrarmos mais abrigos com pinturas.

 

No fim de semana acompanhamos a Dra. Julia nos sítios, ela nos conta que realmente estamos diante de achados inéditos para o estado de São Paulo, algumas pinturas, como o “Frangão” antropomórfico só foi encontrado no Tocantins. Novos pesquisadores irão compor a equipe, entre eles, um arqueólogo de escavação, que fará todo o trabalho de pesquisa dos sedimentos que estão no solo do abrigo, pois ali pode estar resquícios de carvão, e outros artefatos utilizados por estes homens. Outra pesquisa que será feita é sobre a técnica e materiais utilizados nas pinturas. Sobre quem pintou e qual a data das pinturas é difícil dizer, mas por este motivo, estamos a partir de agora, buscando parceiros e apoiadores para essa pesquisa de campo aprofundada, pois, diante de todas essas descobertas, poderemos incrementar mais uma rota para o turismo sustentável na microrregião de Rifaina.

 

Matéria sobre os achamos mais recentes –  http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/jornal-da-eptv-2edicao//videos/v/pinturas-rupestres-sao-encontradas-em-paredao-de-pedra-de-propriedade-rural/7202707/