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O Município de Rifaina (SP), mercê de seus atributos fisiográficos naturais e também das alterações antropogênicas – com destaque para a formação do lago artificial da UHE de Jaguara – apresenta elevado potencial turístico, em parte já explorado (casas de veraneio, pesca artesanal, esportes náuticos, trilhas). Contudo, observa-se uma carência de estudos no que concerne ao impacto ambiental desse uso, o que implica em riscos à incolumidade dos ambientes e ecossistemas, exploração pouco eficiente (ou mesmo perniciosa) de atrativos atuais e potenciais.

Neste projeto, abordamos a questão dos impactos ambientais dos atrativos paisagísticos que têm sido alvo de algum tipo de visitação turística. Esta abordagem é feita mediante a aplicação preliminar do Método VIM (Visitor Impact Management), em alguns casos de forma genérica, como nas encostas das cuestas, que ocupam uma área de maior extensão e abrange atrativos diversificados. Grosso modo, o impacto ambiental da atividade turística nos atuais atrativos pode ser considerado como de pequena monta, em especial levando-se em conta que a ocupação territorial já provocou diversos e mais profundos impactos nos meios físico e biótico do território municipal, em função de diversas formas de uso e ocupação do solo em tempos pregressos.

Dos atrativos paisagísticos abordados, a Represa de Jaguara e sua orla (que inclui a Praia de Rifaina) continuarão a ser o “carro-chefe” da economia turística local. Os demais atrativos demandam melhor mapeamento e caracterização – o que estamos fazendo – bem como de regulamentação para sua efetiva visitação. A reativação da ferrovia turística, que já foi um dos pontos altos da atratividade do Município de Rifaina, deve demandar maiores investimentos e esforços políticos, devido ao fato de já estar paralisada há bastante tempo, correndo riscos cada vez maiores de deterioração do patrimônio existente.

Outras possibilidades como o turismo rural e o próprio ecoturismo em bases sustentáveis, precisam ser trabalhados adequadamente, antes de se tornarem efetivos instrumentos de aproveitamento socioeconômico, sem correr os riscos de pauperação e até mesmo serem anuladas como atrativo. Merece especial atenção a necessidade de mais estudos técnicos sobre as escarpas da cuesta e mesmo da sanidade e higidez das águas superficiais do município, bem como dos remanescentes bióticos e abióticos ambientais. Para isso, seriam recomendáveis gestões no âmbito de instituições de ensino e pesquisa da região, para a implantação de projetos de pesquisa técnico-científicas, almejando melhor conhecimento dos atrativos paisagísticos, da potencialidade turística e dos impactos ambientais decorrentes dessas atividades.

Outro ponto que merece atenção especial dos poderes públicos refere-se à questão da infra-estrutura turística, que precisa ser ampliada e melhorada para receber mais visitantes e ofertar-lhes, em condições turisticamente sustentáveis, maior número de atrativos, incluindo a observação isenta e controlada da natureza. Melhorando-se tal aspecto, pode-se afirmar que o Município, em decorrência de sua posição geográfica, poderá servir, igualmente, de base para os visitantes que se interessem também por atrações situadas em áreas vizinhas, que abarcam, entre outras, as seguintes ofertas:

  • Parque Nacional da Serra da Canastra (50 km de distância);

  • Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus (Pedregulho-SP 25 km)

  • Gruta dos Palhares (Sacramento-MG 35 km; a maior em arenito do Brasil);

  • Patrimônios históricos, como a Vila de Desemboque (Sacramento-MG; 60 km de distância), que inclui igrejas do início do séc. XVIII riachos e cachoeiras com águas cristalinas e isentas de poluição;

  • Centro calçadista de Franca (60 km de distância);

  • Fazenda Santa Maria (Conquista-MG; 30 km);

  • Museu do Dinossauro (Peiropolis-MG; 75 km );

  • Museu Cândido Portinari (Brodowski-SP 120 km);

  • Complexo Grande Hotel (Araxá-MG 100 km).

Espera-se que as considerações contidas nas pesquisas do projeto Turismo Rifaina, ainda que preliminares, possam servir de alento a novos projetos de pesquisa sobre o aproveitamento turístico de atrativos paisagísticos e contribuir, assim, com a economia de um município que foi bastante afetado com a inundação, portanto, conclui-se que resgatar a história material e imaterial e evidenciá-las neste portal, numa série de ações em conjunto com a comunidade, bem como, mostrar de maneira cronológica o desenvolvimento profissional expondo uma visão critica, dialética e ao mesmo tempo sensível de salvaguarda dos patrimônios.

“Não queremos fazer deste projeto um ajuntamento de fatos, datas, pessoas, mas uma seqüência de aventuras, dando ao nosso povo, aos turistas em geral e pessoas de todas as idades o prazer de se sentir parte deste projeto que estamos fomentando e a cada dia, buscando parceiros, para que num futuro nõa muito distante possamos ver o turismo em Rifaina caminhar de forma profissional e academica”  completa Ernani Baraldi idealizador do projeto.